sábado, 25 de julho de 2009


Desde os tempos antigos até hoje, o labirinto é considerado um ponto de partida para seu próprio conhecimento, a partir do qual você pode desenvolver seu caminho pessoal. Nossos ancestrais usaram essa forma ao longo das eras e deixaram como legado objetos relacionados ao labirinto que continuam a instigar nossa imaginação.
A beleza dessa forma reside em seu apelo universal, uma vez que ela não está vinculada a nenhum tipo de fé ou tradição, de modo que toda pessoa que percorrer seu caminho pode extrair dessa experiência o que precisar.
O labirinto é um meio de meditação que nos oferece a oportunidade de ouvir a nós mesmos. Essa experiência pode ser demorada e contemplativa, ou rápida e energizante; com ela podemos nos livrar de vários níveis de emoção e deslindar um problema; ou podemos estimular a mente e produzir inspiração.
O movimento físico em direção ao centro do labirinto corresponde a um movimento interno ao centro profundo em nosso interior, no qual somos um ser integral e intacto, mesmo que estejamos doentes ou sofrendo. Portanto, o caminho do labirinto nos leva por uma jornada interior de cura em direção ao bem-estar pessoal e à renovação espiritual.
As pessoas que percorrerem um labirinto, por mais que se concentrem no caminho, não precisam tomar decisões quanto a virar à esquerda ou à direita; em vez disso, relaxam o lado esquerdo do cérebro, que controla as ações relativas ao lado direito do corpo – verbais, racionais, lógicas, lineares, abstratas –, ao mesmo tempo em que exercitam o lado direito do cérebro, que controla as respostas atribuídas ao lado esquerdo do corpo – não-verbais, não-racionais, intuitivas, sintéticas, concretas. Diante da imagem de um labirinto, ficamos instantaneamente fascinados. Seu desenho de curvas e voltas repetidas ao redor de um centro lembra a superfície espiralada do cérebro, o labirinto do ouvido interno, as curvas do intestino delgado. Com efeito, se você observar um labirinto, verá nele um reflexo de seu panorama interno.
Também encontramos a idéia de labirinto ao nosso redor, nas formas espiraladas da natureza, nas espirais de nossa impressão digital, nas ondulações da água em círculos concêntricos, nas teias de aranha, no desabrochar de uma samambaia. A partir dessas imagens, podemos reconhecer a jornada de crescimento e transformação, em curvas e círculos para fora e para dentro do labirinto. Por esse motivo, seguimos um caminho “familiar” no labirinto, como se estivéssemos retornando à própria fonte da vida.
A cruz no centro desse labirinto parece sugerir as quatro direções – norte, sul, leste e oeste – reverenciadas na tradição dos nativos americanos. Na verdade, labirintos que se acredita datarem do século 12 foram encontrados em escavações realizadas em paredes rochosas nas reservas hopis no nordeste do Arizona (EUA). O labirinto hopi é um símbolo de emergência, ou nascimento e criação, e é conhecido como Mãe Terra.
No século 21, precisamos alcançar um equilíbrio entre a razão masculina e a intuição feminina – o pensamento linear e o excessivo materialismo não são compatíveis com a sobrevivência da Terra.
O labirinto equilibra os opostos e traz alívio à profunda estiagem espiritual de nosso tempo; seu caminho curvo expressa o elemento feminino; os pontos de contorno são fixos, onde o movimento quase para, o masculino. Aqui, experimentamos as duas forças atuando em harmonia, podendo ser profundamente satisfatórias e terapêuticas. Percorrer suas espirais poderosas também nos oferece um espaço e um tempo pessoais para meditar fora de nossa agenda sobrecarregada, o que nos reenergiza e renova.

"Ofereço aqui, a você, a oportunidade de "caminhar" pelo Labirinto, ainda que não com os pés mas com o olhar e a intenção... Imagine-se caminhando... entregue-se ao Labirinto. Esse caminho te leva ao centro... ao seu centro."

Fonte:http://acordando-tambor3.blogspot.com/

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LS

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