domingo, 4 de abril de 2010

A SENSIBILIDADE E A REALIZAÇÃO DO AMOR


Se encararmos a situação de ser sensível com o próximo, encontraremos o exemplo mais evidente na sensibilidade e na correspondência da mãe com seu filho. Ela nota certas mudanças corporais, exigências, ansiedades, antes que se expressem claramente. Desperta por causa do choro do filho, quando outro som, muito mais alto, não a acordaria.

Tudo isto significa que ela é sensível às manifestações da vida do filho; não está ansiosa nem preocupada, mas em estado de alerta, receptiva a qualquer comunicação significativa que venha do seu filho.
Do mesmo modo, pode-se ser sensível para consigo mesmo. Tem-se consciência, por exemplo: de uma sensação de cansaço e depressão e, em vez de ceder a ela e sustentá-la por sentimentos e sensibilidade, que sempre estão à mão, indaga-se de si mesmo: “o que aconteceu?”

Por que estou deprimido? O mesmo se faz notando-se quando se está irritado, ou a outras atividades da sensibilidade. Em cada uma dessas situações, o importante é estar consciente delas e não regionalizá-las pelos mil e um modos por que isso pode ser feito; além do mais, estar aberto à nossa própria voz interior, que nos dirá: muitas vezes quase de imediato, por que estamos ansiosos, deprimidos, irritados.

As pessoas, de modo geral, têm sensibilidade com relação a seus processos corporais; nota mudanças, ou mesmo pequenas manifestações de dor; esta espécie de sensibilidade é relativamente fácil de experimentar, porque a maioria das pessoas tem uma imagem do que é sentir-se bem. A mesma sensibilidade para com os próprios processos mentais é muito mais difícil, porque muitos nunca conheceram uma pessoa que funcionasse perfeitamente bem.

Tomar como regra o funcionamento normal do seu corpo, dos seus pensamentos, dos seus erros e acertos analisando também o próximo, vai deixar você viver com mais sensibilidade. Quando se controla o nascimento dos pensamentos sem se preocupar com as diferenças, sentem-se como normais e sem interesse em observar qualquer coisa.

Muitas pessoas há, por exemplo, que nunca viram uma pessoa amorosa ou de pura integridade e concentrada. É de todo evidente que, a fim de ser sensível a si mesmo, tem-se de possuir uma imagem do funcionamento da beleza que unifica o ser humano.

Quando transmitimos conhecimentos sem sensibilidade, sem a concentração, estamos perdendo aquele ensinamento que é o mais importante para o desenvolvimento do ser humano: aquele ensinamento que só pode ser dado pela simples presença de uma pessoa amorosa: que é doar-se. E sentir a vida como ela deve ser vivida em sua plenitude a cada momento.

A sensibilidade traz o amor, que traz a alegria, que traz a esperança, que traz a vida, que traz a espiritualidade, que traz a energia Divina, que traz o equilíbrio, que traz a intuição, que traz a sensibilidade.

Pela sensibilidade e o amor, me fez lembrar um poema:

Quem nada conhece, nada ama.
Quem nada pode fazer, nada compreende.
Quem nada compreende, nada vale.
Mas quem compreende, também ama, observa, sente e vê...
Quanto mais conhecimento houver essencialmente numa coisa, tanto maior o amor...
Aquele que imagina que todos os frutos amadurecem ao mesmo tempo,
como as cerejas...
Nada sabe a respeito das uvas...


por Bernardino Nilton Nascimento
Fonte:
http://somostodosum.ig.com.br/

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