domingo, 6 de setembro de 2009

A crença em Deus por Divaldo P. Franco



Deus enconra-se tão profundamente entranhado no ser humano que, dificilmente, o mesmo pode afastar-se da Sua presença. Criado simples e ignorante, o Espírito carrega no íntimo o psiquismo divino que o originou, a fim de fazê-lo desenvolver-se até atingir a glória celeste que lhe está destinada.
A crença em Deus, é, portanto, um fenômeno natural, genético, de que ninguém se pode considerar destituído. Manifesto em toda a Sua obra, o Pai Criador antecede-a e sucedê-la-á, quando venha a ocorrer as alterações e término dos ciclos que constituem a relatividade dos tempos…
Atribuir-se tudo quanto existe, na sua harmonia e ordem, como resultante do acaso, é conceder-lhe uma super-inteligência que soube organizar e manter o Universo conforme o conhecemos.
Ademais, considerar-se que o Evolucionismo consegue explicar em toda a sua complexidade o milagre da vida, sem a necessidade do Criacionismo ou da presença de um Autor, é oferecer-lhe uma transcendência que se assemelha à própria Divindade.
Duas alternativas, pois, se confrontam em antagonismo, que é mais resultante de interpretação de conteúdos do que de legitimidade factual, podendo ser solucionado o impasse através da associação de ambas as teorias.
O Psiquismo Divino concebeu e elaborou a vida, graças a uma programação que se concretizou no processo evolucionista, etapa a etapa, com os intervalos correspondentes ao período da morte, em que o psiquismo prosseguiu experimentando continuidade evolutiva, retornando em formas primitivas que se fizeram cada vez mais complexas, até atingir as expessões superiores nos animais evoluídos, culminando no ser humano.
Essa possibilidade não deve ser descartada, quando se pode constatar o autógrafo de Deus no genoma após decodificado, no qual se encontra toda a história dos diversos seres nos seus estranhos códigos responsáveis pelas informações contidas especialmente em cada célula do corpo humano, num conjunto de três bilhões de letras…
A fundamentação criacionista de que Deus, tudo fez, conforme o relato bíblico do Gênesis 1 e 2, negando a evolução e concedendo ao Universo a jovem idade de apenas 10.000 anos, é bastante ingênua e improcedente, quando as pesquisas mais seguras demonstram que a sua idade é superior a 14 bilhões de anos a partir do momento da grande explosão…
Os exageros de alguns religiosos criacionistas chegam ao ponto de atribuir ao Universo a idade de apenas 4004 aC., quando Deus o teria criado, conforme concluiu o bispo Ussher, cálculo que resultou das suas pesquisas sobre as notícias genealógicas por ele encontradas em o Velho Testamento.
Sob outro aspecto, atribuir às manifestações inorgânicas a possibilidade de se transformarem em orgânicas, adquirindo sensibilidade, instinto, emoção, raciocínio, inteligência, igualmente é uma proposta audaciosa, que se apresenta mergulhada em lacunas e em mutações inexplicáveis dentro da visão exclusivamente darwinista, que passou a ser considerada materialista.
A harmonização das duas correntes de pensamento faculta a possibilidade real da manifestação do psiquismo que também envolve com a complexidade das moléculas através das quais se manifesta.
Nessa identificação, a crença em Deus, sem o desprezo pelo fenômeno do evolucionismo, torna-se perfeitamente natural, concebendo-se que Ele próprio estabeleceu esse processo como sendo o mais adequado para a ocorrência da vida na Terra, conforme a conhecemos.
Sir Isaac Newton, o admirado cientista inglês, que descobriu a Lei da gravitação universal, era portador de fé religiosa expressiva, que o levou a escrever mais sobre interpretações de textos bíblicos e religiosos do que científico.
Galileu, descobrindo 3 das luas de Júpiter e optando pelo heliocentrismo, que constatou com observações demoradas através do telescópio que construiu, manteve por todo o tempo a sua fé em Deus e na Sua intervenção na Criação, mesmo quando perseguido pela Inquisição e outros adversários…
Nicolau Copérnico, que igualmente descobriu o sistema heliocêntrico, manteve inabalável a sua fé em Deus, sem cuja ação o Universo não poderia ter surgido.
Mais recentemente Sir James Jean, o respeitado astrofísico inglês, confessou o seu teísmo e a sua concepção em torno do Espírito com valor e convicção científica.
Inúmeros estudiosos da genética e da física quântica, assim como de algumas neurociências e da biologia molecular, cientistas-médicos e cosmonautas, declaram-se teístas, mantendo comportamento religioso e vinculando-se a algumas das existentes doutrinas espiritualistas…
Na sua aceitação de Deus não descartam a Sua interferência no Evolucionismo, como sendo parte da sua programação desde o início.
Ao conceber e realizar os primeiros pródromos da vida, igualmente organizou o processo evolucionista, a fim de que, procedentes da mesma matriz, as expressões variadas crescessem, logrando o objetivo por Ele estabelecido, todas derivadas do mesmo germe.


Trata-se de uma conceituação perfeitamente lógica e real, porquanto, somente Ele tem o poder de propiciar o hábito vital, retirando do nada as primeiras vibrações que constituíram as complexas organizações moleculares, de onde se originaram os microorganismos, bases estruturais de todas as formas conhecidas.
Essa paternidade original propicia a fraternidade que deve existir entre todas as espécies e formas de vida, ensejando a solidariedade necessária para a sobrevivência geral sob os impositivos dos fatores mesológicos, filogenéticos, as mutações, as adaptações e o desenvolvimento das potencialidades que lhes jazem adormecidas…
A própria Divindade, dotando o ser humano de inteligência, faculta-lhe penetrar nas Leis que governam a vida, para melhor harmonizar-se com as mesmas, respeitando-as e ampliando os horizontes do seu entendimento.
Graças, a essa compreensão, percebe a necessidade de superar os impulsos agressivos e destrutivos que lhe remanescem do largo processo da evolução, sublimando as aspirações que se orientarão no sentido da plenitude.
A crença em Deus é, portanto, uma bússola de segurança para a autoconquista, saindo, a pouco e pouco, dos instintos grosseiros para alcançar os sentimentos de elevação, que trabalham em favor da paz e do progresso.
Houvesse podido compreender o mecanismo evolucionista, se já o houvesse em seu tempo, Santo Agostinho teria interpretado melhor os conteúdos da narrativa bíblica da Criação, encontrando respostas sábias para as suas interrogações, tendo em vista a dificuldade que enfrentava para entendê-la, conforme narrada no Gênesis I e II…
Cada vez em que o ser humano decifra as incógnitas existentes na Terra e no Universo, mais descobre perfeitamente desenhado o autógrafo de Deus na sua obra gloriosa, de maneira que não ficam dúvidas a esse respeito.
Assim sendo, a crença em Deus não significa necessariamente uma vinculação com qualquer religião convencional ou encontrar-se submetido aos dogmas e liturgias tradicionais, mas aceitá-lO na mente e no coração, de forma que a filiação natural seja coroada de fé e gratidão no Seu inefável amor.
Jesus O designava como Pai, ensinando-nos a todos a respeitá-lo, amá-lo e seguirmos na Sua direção.


João evangelista, propunha-Lhe a denominação Amor, por melhor significar-Lhe a realidade.
… E os Espíritos da Codificação espírita com muita sabedoria sintetizaram a sua definição, informando que Deus é A inteligência suprema e a Causa primeira de todas as coisas.

Joanna de Ângelis (Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 1º de Junho de 2007, na residência de Josef Jackulak, em Viena, Áustria).

Fonte:http://www.evoluindo.org/entrevistas/a-crenca-em-deus-por-divaldo-p-franco

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